Por Edna Lopes

Como um encontro de amor que se adia para que aconteça em grande estilo, eis que a oportunidade surge e parece que estive ali a minha vida inteira. Recebeu-me calorosa, não só pelos 29 graus da chegada, mas pela recepção dos amigos, os queridos Luiz Andrioli e sua Lóis e a maravilhosa família da querida Rita Jankowski, sua irmã Ana Silvia, sua mãe Lili e o lindinho do Manjericão que tornaram meus dias e noites na bela cidade, inesquecíveis.
Dia desses desabafei numa crônica a minha indignação e tristeza com o centro da minha cidade, Maceió, a capital das Alagoas. Lembrei o espaço urbano como um espaço que também educa e que, infelizmente, estamos longe de qualquer coisa assim parecida.
Destaco aqui que Curitiba educa. Transpira lições de cultura e Arte, meio ambiente preservado, convívio respeitoso com o tradicional e o moderno. Educa e emociona pela beleza de suas calçadas e praças, pelo colorido de suas flores, dos seus parques e monumentos. Alegria enorme em relembrar o Jardim Botânico, a Universidade Livre do Meio Ambiente e a Ópera de Arame, símbolos de uma cidade que certamente tem problemas, mas encanta.
Educa e impressiona pela simplicidade de seu cotidiano de cidade grande que não perdeu o charme, a leveza, o encanto. Alguns nomes de bairros de Curitiba - Bigorrilho, Juvevê, Bacacheri , só para citar alguns - são gostosos de pronunciar com ou sem sotaque. Um destaque para Santa Felicidade e seus restaurantes e para os ótimos cafés por toda a cidade.
Andar pelas ruas de Curitiba é reconhecer, nos detalhes, a influência das várias culturas que as construíram. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, entre outros, que marcam presença na arquitetura, na culinária, no jeito de ser curitibano.
Sem contar que, a cada passo, ficava imaginando se encontraria um certo vampiro... não encontrei, mas fiquei sabendo de certa livraria em que, silencioso, frequenta e recebe cartas de leitores.
É. Conhecer uma cidade requer disposição, envolvimento. Garanto que tive os dois e mais: excelentes companhias, gente boa e amorosa que abriu o sorriso e o coração para me acolher, para me mostrar pedacinhos e contar histórias dessa cidade que só quem vive e ama sabe. E eu agradeço cada emoção, cada alegria tatuada na alma pelas ruas que andei.
E, pra variar, selecionei umas fotos. Lugares especiais, pessoas mais que especiais. O que meu olhar viu e se encantou, o seu pode ver também. Obrigada a minha linda amiga Rita pela parceria nas fotos, por generosamente partilhar a casa, os sonhos, a vida. Meu convívio com a família de Luiz e a sua me fez relembrar, emocionada, uma frase atribuída a Vinícius de Moraes : “A gente não faz amigos; reconhece-os.”
Um comentário:
Bela esta viagem da Edna e ja viajei com ela em outros cantos da literatura on line.Uma excelente escritora de muito humor inclusive.Parabens a voce por esta sensibilidade pelos textos e boa criação.Um abraço de paz.
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